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Economia, Política e Sociedade
Criado por Zmoreira, Oct 18 2010 23:43
33361 respostas neste tópico
#1
Postado 18 October 2010 - 23:43
Bem, já há um tópico para a política mas neste quero fazer uma abordagem diferente. Era para ser apenas de Economia mas como hoje em dia, em Portugal, falar de Economia é falar de política vai assim. Basicamente serve para aprendermos, ensinarmos e trocarmos ideias sobre estes assuntos que devem interessar a muitos. De tempo em tempo vou pondo questões às quais vocês podem responder/opinar.
A primeira é sobre um tema muito em voga nos últimos dias / semanas / meses lol. Nada mais nada menos que o Orçamento de Estado para 2011.
Quero saber se fazem ideia do que é, em que consiste e, depois de todos percebermos isso, podemos discutir os prós e contras, se concordamos ou discordamos.
Vá, quem quiser fazer as honras que se chegue à frente
A primeira é sobre um tema muito em voga nos últimos dias / semanas / meses lol. Nada mais nada menos que o Orçamento de Estado para 2011.
Quero saber se fazem ideia do que é, em que consiste e, depois de todos percebermos isso, podemos discutir os prós e contras, se concordamos ou discordamos.
Vá, quem quiser fazer as honras que se chegue à frente
#2
Postado 18 October 2010 - 23:45
Quando tiver mais dentro do assunto. No meu curso fala-se mt disso, a ver se aprendo qualquer coisa
#3
Postado 18 October 2010 - 23:49
#4
Postado 18 October 2010 - 23:55
#5
Postado 19 October 2010 - 07:44
Pika^^, em 19/10/2010 - 00:55, disse:
Gestão de Recursos Humanos.
Tenho Economia, Introdução à Gestão, Introdução à GRH, para já.
Não o disse, mas bom tópico
Tenho Economia, Introdução à Gestão, Introdução à GRH, para já.
Não o disse, mas bom tópico
lol, então convém saberes alguma coisa Também tenho Economia e IG.
Vá quando vier da faculdade, se ainda ninguém tiver tomado iniciativa meto o primeiro post a explicar o que é o OE2011 e algumas das medidas que engloba.
#7
Postado 19 October 2010 - 14:14
Cláudio, em 19/10/2010 - 12:38, disse:
Resumindo: O OE é necessário nestes extremos.
ah, então se não estivéssemos 'nestes extremos' não valia a pena fazer Orçamento? ok.
____________________________
Resumidamente, um orçamento de Estado é um plano daquilo que um Governo prevê ter como receitas e despesas. no caso de Portugal fazer um orçamento torna-se algo dramático porque este Governo comprometeu-se em alcançar certas metas do défice, e logo o OE tem que ser feito em volta desse objectivo.
Resumidamente, aquilo que se entende por défice é a diferença entre a receita e a despesa a dividir pelo PIB do país. Em 2010 este valor está situado nos 7,4%.
Para 2011 pretende-se que o défice chegue aos 4,6%. o que é um objectivo ambicioso pois trata-se de uma descida de quase 3 pontos percentuais. Para isto existem 2 métodos óbvios: o Estado passar a gerar mais receita ou tentar cortar na despesa.
A medida mais importante para aumentar a receita foi sem dúvida o aumento da carga fiscal. Para diminuir a despesa houve várias, sendo algumas das mais importantes a redução das remunerações da função pública, redução das transferências para as Autarquias (dinheiro dado pelo Estado às várias autarquias. Onde só na redução em Lisboa o Estado ficou a ganhar 6 milhões de euros.) e a redução das despesas da Segurança social. Na SS algumas das reduções foram:
nas despesas com o Rendimento Social de Inserção (ajuda às famílias mais pobres);
no abono de família;
#8
Postado 19 October 2010 - 14:22
Resumindo: Em 6 anos o Sócrates disse que isto ia melhorar...mas continuamos cada vez mais a caminhar para baixo e sempre com súbidas de impostos.
Para concluir... andam há 6 anos a desgovernar Portugal.
Para concluir... andam há 6 anos a desgovernar Portugal.
#9
Postado 19 October 2010 - 14:24
Não foi isso que queria dizer. Queria transmitir a ideia que estas medidas extremas tem de ser tomadas devido ao estado do país.
Só uma pergunta Xavi: Nestes 6 anos alguma vez estives-te com algum problema de saúde?
Só uma pergunta Xavi: Nestes 6 anos alguma vez estives-te com algum problema de saúde?
#10
Postado 19 October 2010 - 14:29
O problema da subida dos impostos é que quando sobem, raramente descem.
E ao subir os impostos as famílias perdem poder de compra, logo compram menos e vivem pior. Se compram menos vai haver menos dinheiro para os produtores, que vendendo menos não têm condições de continuar a produzir e vão diminuir/acabar a produção.
Mas o pior é que muito dificilmente se atingiam os valores pretendidos apenas com cortes na despesa (*). E é necessário atingir os valores de défice pretendidos para passar boa imagem para a UE e para os mercados internacionais, para não continuar a emitir dívida com juros altíssimos e a comprometer cada vez mais o futuro. O problema é que estamos tão mal que resolvendo um problema agravamos outro que é as condições das famílias e dos portugueses. Tapa-se um buraco e abrem-se dois. Logo por aqui vêm que não é uma situação nada fácil.
(*)pelo menos sem aqueles cortes dignos do nome que já toda a gente percebeu que não vão acontecer, tipo diminuir o nº de deputados na Assembleia, cortar nos salários dos gestores públicos, etc. Disso não vale a pena ficar à espera porque não vai acontecer.
E ao subir os impostos as famílias perdem poder de compra, logo compram menos e vivem pior. Se compram menos vai haver menos dinheiro para os produtores, que vendendo menos não têm condições de continuar a produzir e vão diminuir/acabar a produção.
Mas o pior é que muito dificilmente se atingiam os valores pretendidos apenas com cortes na despesa (*). E é necessário atingir os valores de défice pretendidos para passar boa imagem para a UE e para os mercados internacionais, para não continuar a emitir dívida com juros altíssimos e a comprometer cada vez mais o futuro. O problema é que estamos tão mal que resolvendo um problema agravamos outro que é as condições das famílias e dos portugueses. Tapa-se um buraco e abrem-se dois. Logo por aqui vêm que não é uma situação nada fácil.
(*)pelo menos sem aqueles cortes dignos do nome que já toda a gente percebeu que não vão acontecer, tipo diminuir o nº de deputados na Assembleia, cortar nos salários dos gestores públicos, etc. Disso não vale a pena ficar à espera porque não vai acontecer.
#11
Postado 19 October 2010 - 14:30
Cláudio, em 19/10/2010 - 15:24, disse:
Não foi isso que queria dizer. Queria transmitir a ideia que estas medidas extremas tem de ser tomadas devido ao estado do país.
Só uma pergunta Xavi: Nestes 6 anos alguma vez estives-te com algum problema de saúde?
Só uma pergunta Xavi: Nestes 6 anos alguma vez estives-te com algum problema de saúde?
Infelizmente tenho um crónico...mas isso são outras conversas ás quais não gosto muito de falar
#12
Postado 19 October 2010 - 14:41
Zmoreira, em 19/10/2010 - 15:14, disse:
Resumidamente, aquilo que se entende por défice é a diferença entre a receita e a despesa a dividir pelo PIB do país. Em 2010 este valor está situado nos 7,4%.
Acho que esta parte está errada.
A diferença entre a receita e a despesa é o saldo orçamental. À partida este seria sempre nulo, mas isso nunca acontece...
O défice acontece quando a despesa é maior do que a receita, ou seja, quando o saldo orçamental é negativo.
E já agora, o défice não é "a dividir pelo PIB". O que se faz é dividir o défice pelo PIB para contextualizar esse mesmo défice na situação da economia do país em questão. Neste caso, a portuguesa
#13
Postado 19 October 2010 - 14:47
Licha, em 19/10/2010 - 15:41, disse:
Acho que esta parte está errada.
A diferença entre a receita e a despesa é o saldo orçamental. À partida este seria sempre nulo, mas isso nunca acontece...
O défice acontece quando a despesa é maior do que a receita, ou seja, quando o saldo orçamental é negativo.
E já agora, o défice não é "a dividir pelo PIB". O que se faz é dividir o défice pelo PIB para contextualizar esse mesmo défice na situação da economia do país em questão. Neste caso, a portuguesa
A diferença entre a receita e a despesa é o saldo orçamental. À partida este seria sempre nulo, mas isso nunca acontece...
O défice acontece quando a despesa é maior do que a receita, ou seja, quando o saldo orçamental é negativo.
E já agora, o défice não é "a dividir pelo PIB". O que se faz é dividir o défice pelo PIB para contextualizar esse mesmo défice na situação da economia do país em questão. Neste caso, a portuguesa
Sim, a definição do 'défice' é quando o saldo é inferior a zero. Mas, como tu dizes, quando se fala sobre o 'défice do país' apresenta-se sempre a relação com o PIB, tanto que é sempre dado por uma percentagem Porque se eu dissesse que era simplesmente a diferença entre a receita e a despesa e a seguir dissesse que era de 7,4% era um bocado confuso ..
Mas tens razão, a explicação não está muito correcta. Apenas tentei explicar de forma a quem não percebe muito disto percebe-se +- do que se trata
Editado por Zmoreira, 19 October 2010 - 14:48.
#14
Postado 19 October 2010 - 14:51
Zmoreira, em 19/10/2010 - 15:47, disse:
Sim, a definição do 'défice' é quando o saldo é inferior a zero. Mas, como tu dizes, quando se fala sobre o 'défice do país' apresenta-se sempre a relação com o PIB, tanto que é sempre dado por uma percentagem Porque se eu dissesse que era simplesmente a diferença entre a receita e a despesa e a seguir dissesse que era de 7,4% era um bocado confuso ..
Mas tens razão, a explicação não está muito correcta. Apenas tentei explicar de forma a quem não percebe muito disto percebe-se +- do que se trata
Mas tens razão, a explicação não está muito correcta. Apenas tentei explicar de forma a quem não percebe muito disto percebe-se +- do que se trata
Claro, até porque se me derem os nºs do défice eu fico a olhar para aquilo e não me diz nada. E com a %PIB pode-se comparar a situação de vários países.
Ok, ok
#15
Postado 19 October 2010 - 14:53
Licha, em 19/10/2010 - 15:51, disse:
Claro, até porque se me derem os nºs do défice eu fico a olhar para aquilo e não me diz nada. E com a %PIB pode-se comparar a situação de vários países.
Ok, ok
Ok, ok
Mas bem que podias ter uma participação mais interessante neste tópico do que apenas apontar os meus erros
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