Editado por Pab8, 23 March 2012 - 02:28.
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433 respostas neste tópico
#1
Postado 02 February 2011 - 02:14
Para a publicações e debates de poemas, textos e materiais de cunho poético (pessoais ou não).
#2
Postado 02 February 2011 - 15:22
A morte é um tema muito usado na literatura, há visões e visões. Esta visão acaba por ser um bocado negra a meu ver, para quem lê é como se desse a entender que a vida do sujeito poética foi por si inútil, pelo simples facto dele ser relembrado. Sinceramente, é uma questão que a mim não me diz muito. A vida com os vivos, o que dirão depois dos mortos, os mortos não saberão.
#3
Postado 02 February 2011 - 15:30
Mais à noite venho cá a este tópico. Agora tou ocupado. Muito bom.
#4
Postado 02 February 2011 - 15:41
Aproveito e deixo aqui uma coisinha minha.
Quote
uno,
uno sou eu, meu corpo e minha alma
a caneta com que agora escrevo, do
elefante púrpura de metro e meio de
aquando era criança de quatro anos só
o perfeito caos, de movimentos, reacções e energias
no desencadeamento do próprio viver
e o mundo onde posso existir, com seu
chão que piso, e seu céu que sobre mim se estende
a maçã que hoje como, que é a melhor que já comi
a que guardo para amanhã, que será a melhor que comerei
a matéria fria de cada pedra, de cada construção
a beleza íntima de sistina, mahal ou chambord
a luz que do sol transborda,
e por entre janelas trespassa,
iluminando e aquecendo minha casa
sem pedido evidente
a luz do ser, em mim sempre presente
e que no momento do abandonar certo,
da carne fraca e perecível que me compõe,
desposar-se-á na perpetuidade do espírito mãe.
uno sou eu, meu corpo e minha alma
a caneta com que agora escrevo, do
elefante púrpura de metro e meio de
aquando era criança de quatro anos só
o perfeito caos, de movimentos, reacções e energias
no desencadeamento do próprio viver
e o mundo onde posso existir, com seu
chão que piso, e seu céu que sobre mim se estende
a maçã que hoje como, que é a melhor que já comi
a que guardo para amanhã, que será a melhor que comerei
a matéria fria de cada pedra, de cada construção
a beleza íntima de sistina, mahal ou chambord
a luz que do sol transborda,
e por entre janelas trespassa,
iluminando e aquecendo minha casa
sem pedido evidente
a luz do ser, em mim sempre presente
e que no momento do abandonar certo,
da carne fraca e perecível que me compõe,
desposar-se-á na perpetuidade do espírito mãe.
#5
Postado 02 February 2011 - 17:16
.nate, em 2/02/2011 - 15:22, disse:
A morte é um tema muito usado na literatura, há visões e visões. Esta visão acaba por ser um bocado negra a meu ver, para quem lê é como se desse a entender que a vida do sujeito poética foi por si inútil, pelo simples facto dele ser relembrado. Sinceramente, é uma questão que a mim não me diz muito. A vida com os vivos, o que dirão depois dos mortos, os mortos não saberão.
#7
Postado 02 February 2011 - 17:38
#8
Postado 06 February 2011 - 22:50
Navegador (Destruidor)
Fui só mais um que não soube lidar com uma falsa ilusão
Mas provavelmente também sou o único a ir ao fundo da questão.
Não me preocupo se melhores dias não passarem de uma miragem
Fiz tudo o que podia para te ter, não foi falta de coragem.
Se não conseguimos ultrapassar verdadeiras montanhas,
Desculpa, mas faltaram pernas para uma última ultrapassagem.
Não me culpes por andar constantemente em volta do teu mundo
É só que sinto falta daquele futuro...
Um dia não te vou sentir mais perto de mim
Vai ser pior que ficar com o sangue frio. Talvez desanime,
Talvez seja apenas um rapaz em delírio.
Até podes ignorar. Mas o que vai isso salvar?
Nada mais que um pobre dia.
Dia esse que vai ser vivido sem NENHUMA alegria.
Não te faz diferença, agora, por isso
Cuidado com aquilo que vem depois da hora.
Não sou nada mais de um pobre navegador
Que vive para construir um grande porto
Mas que vai acabar por ser excluído por ser um sonhador
Que não teve manobra para ser mais que um pequeno destruidor.
Fui só mais um que não soube lidar com uma falsa ilusão
Mas provavelmente também sou o único a ir ao fundo da questão.
Não me preocupo se melhores dias não passarem de uma miragem
Fiz tudo o que podia para te ter, não foi falta de coragem.
Se não conseguimos ultrapassar verdadeiras montanhas,
Desculpa, mas faltaram pernas para uma última ultrapassagem.
Não me culpes por andar constantemente em volta do teu mundo
É só que sinto falta daquele futuro...
Um dia não te vou sentir mais perto de mim
Vai ser pior que ficar com o sangue frio. Talvez desanime,
Talvez seja apenas um rapaz em delírio.
Até podes ignorar. Mas o que vai isso salvar?
Nada mais que um pobre dia.
Dia esse que vai ser vivido sem NENHUMA alegria.
Não te faz diferença, agora, por isso
Cuidado com aquilo que vem depois da hora.
Não sou nada mais de um pobre navegador
Que vive para construir um grande porto
Mas que vai acabar por ser excluído por ser um sonhador
Que não teve manobra para ser mais que um pequeno destruidor.
#9
Postado 06 February 2011 - 22:55
,doherty, esse poema de sua autoria?
''Navegar é preciso, viver não é preciso.''
''Navegar é preciso, viver não é preciso.''
#10
Postado 06 February 2011 - 23:11
#11
Postado 06 February 2011 - 23:16
#12
Postado 06 February 2011 - 23:32
''Menina, de fato és bela!
Mas não te quero
Seria preciso namorar,
conhecer passado
família
teu gato
Quero aventura de put@!
Contigo há trabalho filosófico
E como sou preguiçoso
pra voar com Camões:
Não te quero não''
(Pedro Marques)
Mas não te quero
Seria preciso namorar,
conhecer passado
família
teu gato
Quero aventura de put@!
Contigo há trabalho filosófico
E como sou preguiçoso
pra voar com Camões:
Não te quero não''
(Pedro Marques)
Editado por Pab8, 06 February 2011 - 23:33.
#14
Postado 07 February 2011 - 17:20
#15
Postado 11 February 2011 - 01:43
Quote
Desencanto
Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
Eu faço versos como quem morre.
Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
Eu faço versos como quem morre.
Editado por Pab8, 11 February 2011 - 01:45.
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