Existem lugares onde a vida parece rolar de maneira mais fácil, que fazem nascer em nós a sensação de querermos ser rochas, apenas para podermos permanecer nesse local por muitos e longos anos. A realidade sabe, muitas vezes, ser severa, mas conseguimos ter forças para lutar, e muitas vezes vamos buscar forças a determinadas rotinas do quotidiano desses lugares. A cidade do Porto é um oásis, perdida num deserto árido e sem ideias que se chama Portugal. É um antro de felicidade, amizade, alegria, compaixão, responsabilidade, trabalho, juventude, amor, desporto, gastronomia... enfim, um verdadeiro núcleo que engloba todas as componentes essenciais à existência da vida moderna. Tudo é apaixonante, desde os primeiros momentos do dia em que se começa a formar os traços urbanos da cidade, até ao pôr-do-sol na marginal de Matosinhos, onde os míudos esgotam as suas energias nas tabelas de basket do Edifício Transparente. Uma gota de molho de francesinha transporta consigo a herança de milhares de famílias, carrega nelas a sua história, e ao entrar em novas pessoas, transporta também para essas as suas tradições, tornando-as pessoas mais completas. Tudo convive em perfeita harmonia, desde a vasta rede de transportes públicos que liga todos os pontos da cidade, até àquele fino que bebemos no Piolho, aquele fino em que matamos a sede que nos ataca a garganta depois de um dia de praia. É incrível a capacidade de acolhimento das nossas pessoas, tratando os forasteiros como se de pessoas da família se tratassem. Não existem impossíveis nesta cidade, tudo depende da liberdade criativa de cada um. É um lugar onde os sonhos se podem tornar realidade e que podem quebrar as barreiras dos nossos medos.
PS: Apenas umas linhas de pensamento soltas que me apeteceu soltar para tirar tinta ao teclado.
Acreditem, é uma realidade demasiado complexa para ser racionalizada num texto.
Editado por Pantera Negra, 26 November 2012 - 23:21.