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Questões de género


13 respostas neste tópico

#1 .nate

Postado 23 April 2024 - 15:52

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Tentativa de, num fórum de testosterona, falar dum assunto polémico e fragmentário de forma equilibrada e deixar (também tentativas) de bons exemplos, pela forma de conteúdo e sugestões.

Uma das pessoas que mais curto ouvir falar sobre o assunto: Richard V. Reeves.

PS: O thumbnail é clickbait idiota.

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#2 Pika^^

Postado 24 April 2024 - 14:08

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Bom tópico, é um tema importante na sociedade hoje em dia.
O tema é complexo e tem vários ramos e não sei qual o ponto em que gostarias de te focar (não vi o vídeo) mas vou dar uma opinião global sobre o tópico.

Confesso que sinto estranheza a pessoas que se identificam com outro género. Ainda mais a quem se identifica como outras coisas que não homem ou mulher. Leva-me a conclusões de que estamos perante algum tipo de distúrbio psicológico. A criação do Homem biologicamente é bastante exacta e fugir dela vai contra a manutenção da sua própria existência. A minha educação católica e crescimento como criança, adolescente e jovem adulto num país e meio conservador certamente contribuiu para chegar a essas conclusões.

Dito isto, temas sociais ou psicológicos/comportamentais são de grande complexidade pela falta de provas empíricas dos seus argumentos. E dá por isso entrada a juízos de valor que tornam a abordagem do tema mais polarizada, logo à sua nascença no meio académico e científico. Há muita coisa que não entendemos, e talvez nunca venhamos a entender, sobre como o cérebro funciona e qual a origem deste tipo de sentimentos e identidades que pessoas diferentes experienciam.

Também por esse motivo, e considerando que há tanta gente no mundo e ele está até sobre-populado, não vejo mal nenhum que as pessoas possam ser aquilo que querem ser, desde que não beneficiem disso e que não sejam também prejudicadas. Acho que há espaço suficiente para todos serem o que quiserem. No entanto, é necessário encontrar um equilíbrio na forma como se integra isso na sociedade (WCs para cada género não têm sentido prático, a questão dos pronomes só causa entropia, questões ligados ao desporto e o respeito pela sua integridade...)

#3 .nate

Postado 24 April 2024 - 22:28

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Visualizar PostPika^^, em 24 April 2024 - 14:08, disse:

Bom tópico, é um tema importante na sociedade hoje em dia.
O tema é complexo e tem vários ramos e não sei qual o ponto em que gostarias de te focar (não vi o vídeo) mas vou dar uma opinião global sobre o tópico.

Confesso que sinto estranheza a pessoas que se identificam com outro género. Ainda mais a quem se identifica como outras coisas que não homem ou mulher. Leva-me a conclusões de que estamos perante algum tipo de distúrbio psicológico. A criação do Homem biologicamente é bastante exacta e fugir dela vai contra a manutenção da sua própria existência. A minha educação católica e crescimento como criança, adolescente e jovem adulto num país e meio conservador certamente contribuiu para chegar a essas conclusões.

Dito isto, temas sociais ou psicológicos/comportamentais são de grande complexidade pela falta de provas empíricas dos seus argumentos. E dá por isso entrada a juízos de valor que tornam a abordagem do tema mais polarizada, logo à sua nascença no meio académico e científico. Há muita coisa que não entendemos, e talvez nunca venhamos a entender, sobre como o cérebro funciona e qual a origem deste tipo de sentimentos e identidades que pessoas diferentes experienciam.

Também por esse motivo, e considerando que há tanta gente no mundo e ele está até sobre-populado, não vejo mal nenhum que as pessoas possam ser aquilo que querem ser, desde que não beneficiem disso e que não sejam também prejudicadas. Acho que há espaço suficiente para todos serem o que quiserem. No entanto, é necessário encontrar um equilíbrio na forma como se integra isso na sociedade (WCs para cada género não têm sentido prático, a questão dos pronomes só causa entropia, questões ligados ao desporto e o respeito pela sua integridade...)

Por acaso, não estava a pensar ir pela questão transgénero, mas mais pelo tradicional binómio homem/mulher, a malta cis.

O vídeo que coloquei é sobre a questão específica dos homens, sendo que o Richard Reeves advoga que há determinados temas em que a discrepância de género está a aumentar de uma forma clara a favor das mulheres - como a % de pessoas de cada género a concluir os estudos -, mas que estas discussões não são tidas na opinião pública, nem encaradas como um problema, quando podem sê-lo (ou são).

Também estava a pensar em falar da politização (ou melhor, do partidarismo), que muitas vezes estão em redor destas questões e nas várias vertentes dos movimentos. Por exemplo, hoje em dia, uma perspectiva feminista liberal - à Barbie - é muito comum, mas a meu ver é capaz das piores teorias dentro do movimento.

No que diz respeito à questão transgénero e aos teus pontos em específico: bem, hoje em dia é realmente considerado um diagnóstico psiquiátrico; disforia de género. Regra geral, para fazer a transição tem de se ser diagnosticado por um profissional da área da saúde mental e é um processo complexo e sério - idealmente. Mesmo assim é controverso, mesmo entre os profissionais. Há quem diga que não faz sentido adultos poderem fazer livremente cirurgias plásticas, que também têm os seus riscos, por questões psicológicas/psiquiátricas - dismorfias - relacionadas com a imagem - e a atitude ser diferente para com a disforia de género.

Eu acho particularmente sensível. Tem de se ser muito cuidadoso, principalmente com crianças e adolescentes. O mundo anglófono, que muitas vezes quer ser mais progressista neste assunto, já teve a polémica de Tavistock, com uma série de diagnósticos e tratamentos apressados, que tiveram as suas consequências. Tentar despolitizar a temática poderia ser importante, eventualmente.

https://www.theguard...at-happens-next

No que diz respeito ao teu ponto sobre o cérebro e o tema transgénero; olha que a neurociência é uma área que tem evoluído muito, talvez venhamos a perceber mais coisas sobre o assunto mais cedo do que o que esperaríamos.

Uma descoberta engraçada sobre o assunto é de que há um elemento do cérebro, o núcleo do leito da estria terminal, que se conecta com a parte emocional deste, que tem características físicas diferentes consoante o género da pessoa. E essas diferenças alinham-se inclusive com o género percepcionado pelas pessoas transgénero, mesmo as que não foram intervencionadas. Ou seja, essa estrutura tem as mesmas características numa mulher que se identifica como mulher e num homem que se identifica como mulher.


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#4 RafaelCosta27

Postado 24 April 2024 - 22:51

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Isto tudo é mais uma prova de respeito e de tolerância do Ocidente para com este assunto. A maior evolução é esta.

#5 azadelta

Postado 26 April 2024 - 11:12

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Sou totalmente a favor que se desconstruam estereótipos relativamente a homem e mulher.

Reconheço a disforia de género e o facto de pessoas se sentirem aprisionados num corpo que não é o seu.




Não consigo encaixar ver homem e mulher como conceitos puramente sociais.

Aliás, gostava que alguem me desse uma definição de "mulher" aos dias de hoje, que fosse consensual para a esquerda progressista.



É-me muito difícil discutir este tema porque sinto que expôr as minhas reservas é inevitavelmente ofensivo para pessoas que sentem na pele este tipo de questões sobre si mesmas. O que sinto é que a certa altura já não sei bem o que é que se está a discutir.

Editado por azadelta, 26 April 2024 - 13:46.


#6 Eddie

Postado 26 April 2024 - 11:17

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É, de facto, uma questão com tantas nuances, sociais, políticas, médicas e psicológicas que, para mim, é impossível comentar - como leigo que sou, na matéria. No final de contas, remeto a minha opinião, para a liberdade, intrínseca e consagrada, que cada um tem, de poder ser quem é, quem quiser ser, como quiser ser - desde que esteja dentro dos limites da Lei.

Editado por Eddie, 26 April 2024 - 11:18.


#7 Silva

Postado 26 April 2024 - 12:26

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Visualizar PostEddie, em 26 April 2024 - 11:17, disse:

É, de facto, uma questão com tantas nuances, sociais, políticas, médicas e psicológicas que, para mim, é impossível comentar - como leigo que sou, na matéria. No final de contas, remeto a minha opinião, para a liberdade, intrínseca e consagrada, que cada um tem, de poder ser quem é, quem quiser ser, como quiser ser - desde que esteja dentro dos limites da Lei.
É a minha opinião.

No entanto no desporto sou 100% contra a participação de mulheres transgénero em competições com outras mulheres, a menos que algum dia leia algo que me mostre que mulheres trans não têm a vantagem biológica.

#8 Eddie

Postado 26 April 2024 - 13:31

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Visualizar PostSilva, em 26 April 2024 - 12:26, disse:

É a minha opinião.

No entanto no desporto sou 100% contra a participação de mulheres transgénero em competições com outras mulheres, a menos que algum dia leia algo que me mostre que mulheres trans não têm a vantagem biológica.

Totalmente de acordo.

#9 .nate

Postado 26 April 2024 - 13:40

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Visualizar Postazadelta, em 26 April 2024 - 11:12, disse:

Sou totalmente a favor que estereótipos relativamente a homem e mulher.

Reconheço a disforia de género e o facto de pessoas se sentirem aprisionados num corpo que não é o seu.




Não consigo encaixar ver homem e mulher como conceitos puramente sociais.

Aliás, gostava que alguem me desse uma definição de "mulher" aos dias de hoje, que fosse consensual para a esquerda progressista.



É-me muito difícil discutir este tema porque sinto que expôr as minhas reservas é inevitavelmente ofensivo para pessoas que sentem na pele este tipo de questões sobre si mesmas. O que sinto é que a certa altura já não sei bem o que é que se está a discutir.

Não percebi a tua primeira frase, acho que comeste uma palavra.

Em relação à tua última frase, entendo perfeitamente a postura. Mas não achas que o facto de o pessoal ter reacções tão emocionais e digo isto, de parte a parte, tanto pode ser de uma pessoa transgénero completamente embrenhada no movimento LGBT, como de um homem conservador agarrado aos papéis tradicionais dificulta imenso haver sequer a dificuldade de chegar a consenso e/ou avanços relativamente a estas questões? Não sei se o silêncio é a melhor opção.

De resto, concordo com as outras coisas que disseste.

#10 azadelta

Postado 26 April 2024 - 13:47

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Visualizar Post.nate, em 26 April 2024 - 13:40, disse:

Não percebi a tua primeira frase, acho que comeste uma palavra.

Em relação à tua última frase, entendo perfeitamente a postura. Mas não achas que o facto de o pessoal ter reacções tão emocionais e digo isto, de parte a parte, tanto pode ser de uma pessoa transgénero completamente embrenhada no movimento LGBT, como de um homem conservador agarrado aos papéis tradicionais dificulta imenso haver sequer a dificuldade de chegar a consenso e/ou avanços relativamente a estas questões? Não sei se o silêncio é a melhor opção.

De resto, concordo com as outras coisas que disseste.

tens razão, vou editar.


"Sou totalmente a favor que se desconstruam estereótipos relativamente a homem e mulher." era o que queria dizer.

Visualizar Post.nate, em 26 April 2024 - 13:40, disse:

Não percebi a tua primeira frase, acho que comeste uma palavra.

Em relação à tua última frase, entendo perfeitamente a postura. Mas não achas que o facto de o pessoal ter reacções tão emocionais e digo isto, de parte a parte, tanto pode ser de uma pessoa transgénero completamente embrenhada no movimento LGBT, como de um homem conservador agarrado aos papéis tradicionais dificulta imenso haver sequer a dificuldade de chegar a consenso e/ou avanços relativamente a estas questões? Não sei se o silêncio é a melhor opção.

De resto, concordo com as outras coisas que disseste.

repara, para mim isto pode parecer fútil, mas para mim ter de chamar "ela" a uma pessoa só porque ela assim decidiu e impôr-me a mim que se use uma língua que é património de todos (ou todes, vá) consoante o

#11 .nate

Postado 26 April 2024 - 17:43

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Visualizar Postazadelta, em 26 April 2024 - 13:47, disse:

tens razão, vou editar.


"Sou totalmente a favor que se desconstruam estereótipos relativamente a homem e mulher." era o que queria dizer.



repara, para mim isto pode parecer fútil, mas para mim ter de chamar "ela" a uma pessoa só porque ela assim decidiu e impôr-me a mim que se use uma língua que é património de todos (ou todes, vá) consoante o

Desconfiava que era isso que querias dizer e concordo.

Respondo à 2.ª parte quando completares o pensamento. :lol:

#12 Pika^^

Postado 30 April 2024 - 07:43

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Visualizar Post.nate, em 24 April 2024 - 22:28, disse:


Por acaso, não estava a pensar ir pela questão transgénero, mas mais pelo tradicional binómio homem/mulher, a malta cis.

O vídeo que coloquei é sobre a questão específica dos homens, sendo que o Richard Reeves advoga que há determinados temas em que a discrepância de género está a aumentar de uma forma clara a favor das mulheres - como a % de pessoas de cada género a concluir os estudos -, mas que estas discussões não são tidas na opinião pública, nem encaradas como um problema, quando podem sê-lo (ou são).

Também estava a pensar em falar da politização (ou melhor, do partidarismo), que muitas vezes estão em redor destas questões e nas várias vertentes dos movimentos. Por exemplo, hoje em dia, uma perspectiva feminista liberal - à Barbie - é muito comum, mas a meu ver é capaz das piores teorias dentro do movimento.

No que diz respeito à questão transgénero e aos teus pontos em específico: bem, hoje em dia é realmente considerado um diagnóstico psiquiátrico; disforia de género. Regra geral, para fazer a transição tem de se ser diagnosticado por um profissional da área da saúde mental e é um processo complexo e sério - idealmente. Mesmo assim é controverso, mesmo entre os profissionais. Há quem diga que não faz sentido adultos poderem fazer livremente cirurgias plásticas, que também têm os seus riscos, por questões psicológicas/psiquiátricas - dismorfias - relacionadas com a imagem - e a atitude ser diferente para com a disforia de género.

Eu acho particularmente sensível. Tem de se ser muito cuidadoso, principalmente com crianças e adolescentes. O mundo anglófono, que muitas vezes quer ser mais progressista neste assunto, já teve a polémica de Tavistock, com uma série de diagnósticos e tratamentos apressados, que tiveram as suas consequências. Tentar despolitizar a temática poderia ser importante, eventualmente.

https://www.theguard...at-happens-next

No que diz respeito ao teu ponto sobre o cérebro e o tema transgénero; olha que a neurociência é uma área que tem evoluído muito, talvez venhamos a perceber mais coisas sobre o assunto mais cedo do que o que esperaríamos.

Uma descoberta engraçada sobre o assunto é de que há um elemento do cérebro, o núcleo do leito da estria terminal, que se conecta com a parte emocional deste, que tem características físicas diferentes consoante o género da pessoa. E essas diferenças alinham-se inclusive com o género percepcionado pelas pessoas transgénero, mesmo as que não foram intervencionadas. Ou seja, essa estrutura tem as mesmas características numa mulher que se identifica como mulher e num homem que se identifica como mulher.


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Sem dúvida, a politização do tema não ajuda ninguém. Porque leva também à polarização e simplifica demasiado o tópico conduzindo a más decisões e a uma abordagem errada por parte da sociedade.
Sinto que esse é um dos grandes problemas da sociedade, a incapacidade de abordar temas complexos (sociais, económicos, etc) e a política acaba por andar à volta disto, tentando manipular a forma como determinado tema é exposto para conduzir a uma percepção social que beneficie os seus interesses e ideologias. Ainda agora, a forma como a direita respondeu às declarações do Marcelo sobre compensações às ex-colónias é um bom exemplo disso.
Trazendo de volta a conversa ao tema concreto, um tema destes vai ser sempre politizado e polarizado porque depende da ideologia e valores dos líderes dos partidos. No fim, depende da forma como a sociedade e cultura de cada país aborda determinados temas. Ainda tenho dificuldade em categorizar a cultura portuguesa, parece-me progressista em vários temas e isso reflecte-se nas suas políticas, mas ultimamente o conservadorismo tem crescido exponencialmente na opinião pública.
E sim, o feminismo liberal tem se estendido a níveis que considero pouco coerentes por vezes. Acho que é algo que com o tempo pode vir a ser esbatido, mas quando falo com mulheres feministas não vejo grande abertura para isso, honestamente.

Sobre os tratamentos clínicos, é, lembro-me também de ler especialistas a colocar em causa a sua competência quando se discutia em que idade é que uma pessoa pode solicitar essa mudança e quando é capaz de a identificar.

Sobre a neurociência, sem dúvida que é das áreas da ciência que acredito num crescimento maior sobre o seu funcionamento. Julgo que só conhecemos uns 20% do cérebro ou algo assim.
Muito interessante esses findings e poderão ajudar na empirização do tema, tornando-o mais exacto e ajudando a abordá-lo de forma mais objectiva.

Interessante também o parágrafo inicial, o cérebro feminino desenvolve mais rápido que o dos homens (já acabo o comentário)

Editado por Pika^^, 30 April 2024 - 07:51.


#13 ManSCP

Postado 30 April 2024 - 07:56

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Em relação à ultima frase já toda a gente dizia isso (conhecimento empírico), que as crianças femininas são muito mais rápidas a aprender e mais certas que os miúdos.

Editado por ManSCP, 30 April 2024 - 07:59.


#14 azadelta

Postado 30 April 2024 - 10:32

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Visualizar Post.nate, em 26 April 2024 - 17:43, disse:

Desconfiava que era isso que querias dizer e concordo.

Respondo à 2.ª parte quando completares o pensamento. :lol:

repara, para mim isto pode parecer fútil, mas para mim ter de chamar "ela" a uma pessoa só porque ela assim decidiu e impôr-me a mim que se use uma língua que é património de todos (ou todes, vá) consoante o que apetece a cada um não faz sentido nenhum. Não tem nada a ver com o respeito que eu tenho por cada pessoa.

Se as referências à volta das quais nós nos posicionamos desaparecem (porque homem/mulher eram conceitos biológicos antes de serem categoiras sociais) , no final de contas estamos a discutir o quê?

Quem decidiu falar em género em vez de sexo, é agora a pessoa que quer deixar de falar de género porque o binarismo do género é imposto pela sociedade. Eu acho é que o género foi trazido à mesa pela malta que agora o critica.

Repara, eu sou totalmente compreensível que no que toca a comportamentos e papeis sociais cada um possa fazer o que quer independentemente do corpo com que nasceu. Mas então porque é que se começou a falar de género?

Se a roupa não tem género (qualquer um se pode vestir como quiser), se os brinquedos não têm género, se as profissões não devem ser associadas a nenhum género específico, estamos a discutir o quê, exactamente?

Se uma pessoa não binária não se identifica com ser homem ou mulher, não se está a identificar com o quê, exactamente? Como tudo o que referia acima que está associado a homens e mulheres? Mas se isso é para ser desconstruído, isso não devia ser uma questão. Ninguém deveria dizer que não se sente homem só porque lhe apetece usar um vestido, brincar com bonecas e limpar a casa.





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