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Portugal Colonizador


29 respostas neste tópico

#1 Frank J

Postado 21 January 2018 - 00:12

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JOSÉ PEDRO MONTEIRO E MIGUEL BANDEIRA JERÓNIMO SOBRE A "MISSÃO CIVILIZADORA" PORTUGUESA

01-19-2018

Imagem Postada
Gorée, 13 de Abril de 2017. Marcelo Rebelo de Sousa visitava, no Senegal, este antigo entreposto de tráfico de escravos nas rotas atlânticas. Antes dele, o Papa João Paulo II e o ex-presidente brasileiro Lula da Silva tinham já pedido perdão pelo sofrimento causado. Em Portugal, algumas pessoas esperavam o mesmo do presidente português.

Marcelo não pediu perdão. Pelo contrário, vangloriou a adesão a "um ideal humanista" quando, em 1761, Portugal “aboliu a escravatura” pela mão de Marquês de Pombal. Mas terá sido "um ideal humanista” que levou Marquês de Pombal a fazê-lo? E será que, até, a escravatura foi realmente abolida nessa data?

Cristina Nogueira da Silva, Professora na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, escreve poucos dias depois que "Em 1761 o marquês de Pombal não aboliu a escravatura em lugar algum. O que fez, por meio de um alvará publicado nesse ano, foi proibir o transporte de escravos para o Reino de Portugal, declarando livres todos os que, a partir daquela data, aí desembarcassem.” e que "Com este alvará não se queria abolir a escravatura no Reino, mas sim canalizar o maior número possível de escravos para os territórios ultramarinos, onde eles eram centrais para o funcionamento da sociedade e da economia.”.

A escravatura foi apenas abolida legalmente em 1875, mais de um século depois, mas esta deu lugar ao trabalho forçado e ao Regulamento do Trabalho do Indígena, que obrigava os “indígenas” das ex-colónias a trabalhar - sob pena de lhes ser “imposto o cumprimento” - e que continuou inscrito na lei até 1962, há pouco mais de 50 anos. O trabalho era civilizador, era a ideologia por detrás de tais leis.

É sobre essa “missão civilizadora”, sobre a forma como se materializava no trabalho forçado e no sistema de educação, e sobre como faz parte da narração da história colonial portuguesa, que falamos hoje. Como convidados, temos hoje José Pedro Monteiro e Miguel Bandeira Jerónimo, ambos investigadores e historiadores no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e autores de vários livros, a solo e em conjunto, sobre colonialismos, imperialismos.


http://apenasfumaca....ora-portuguesa/

Carreguem no link para ajudar a página e para ouvirem o podcast.

(Estes tipos basicamente fizeram uma coisa que eu gostava de fazer com alguma malta aqui do CA lol)

Editado por Frank J, 21 January 2018 - 00:14.




#2 G0mez

Postado 24 February 2018 - 20:49

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A classe deste menino. :venia2: :venia2:

#3 Psico.Killer

Postado 31 May 2018 - 20:38

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Visualizar PostFrank J, em 21 January 2018 - 00:12, disse:

Carreguem no link para ajudar a página e para ouvirem o podcast.

(Estes tipos basicamente fizeram uma coisa que eu gostava de fazer com alguma malta aqui do CA lol)

Já estudaste o tema?

#4 Roche

Postado 14 July 2018 - 17:41

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Este tópico já é um meme. :lol2:

Editado por Roche, 14 July 2018 - 17:41.


#5 G0mez

Postado 14 July 2018 - 19:22

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Eu sou da opinião que os comentários dos clones do patri não deviam ser eliminados. Além disso, gostava da intervenção do Leandro neste tópico. ;)

#6 Frank J

Postado 14 July 2018 - 19:58

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Ainda nao consrgui ler um único, o homem perde tempo a escrever e nem vejo :lol2:

#7 Roche

Postado 14 July 2018 - 20:27

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Visualizar PostDalglish.7, em 14 July 2018 - 20:05, disse:



Hoje não vi, mas geralmente só te pergunta se já estudaste o tema.
Yep, foi isso. :lol2:

#8 Frank J

Postado 14 July 2018 - 22:57

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Visualizar PostRoche, em 14 July 2018 - 20:27, disse:


Yep, foi isso. :lol2:/>
Como bom jovem conservador de direita, era previsível que um dos pontos fracos dele seria o passado colonial português. É simplesmente mais forte do que ele e não se consegue conter. Corrói por dentro.

Abraço, nunca desistas da tua luta, camarada.

#9 Gervásio

Postado 23 July 2018 - 23:05

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O podcast é bom, mas a guilt catastrófica que querem impingir ao povo é ainda melhor.

Como todos os podcasts, o melhor episódio continua a ser o do RAP.

#10 thekingisinmadrid

Postado 23 July 2018 - 23:14

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Portugal colonizou foi pouco

#11 Roche

Postado 23 July 2018 - 23:16

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o patriota voltou?

#12 Frank J

Postado 24 July 2018 - 08:14

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Visualizar PostGervásio, em 23 July 2018 - 23:05, disse:

O podcast é bom, mas a guilt catastrófica que querem impingir ao povo é ainda melhor.

Como todos os podcasts, o melhor episódio continua a ser o do RAP.
Porquê? Convinha que as pessoas percebessem realmente, ainda de que forma ajustada à época, os crimes que cometemos para com outros países. Para mim há que pôr os pontos nos i's e temos de parar de tentar vender o colonialismo e a escravatura portuguesa como o maior feito da nossa nação.

Nem que seja para que os portugueses de hoje consigam efectivamente celebrar o que há para celebrar e julgar o que há para julgar.

Urge acabar com o mito de que quem não celebra o colonialismo não é português.

Editado por Frank J, 24 July 2018 - 08:15.


#13 Chin0

Postado 24 July 2018 - 08:33

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Qual é o dia em que se celebra o colonialismo?

#14 Leandro_10

Postado 24 July 2018 - 17:40

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Extremismos nunca levam a lado nenhum. Não é correcto vangloriar um passado que se considera esclavagista, como também é errado andarmos a pensar pedir desculpa por isso. A história, em teoria, deveria ser amoral. Sem ideologias, livre de tendências de direita ou de esquerda. O nosso passado colonizador tanto teve coisas boas, como más. Mas está enquadrado num tempo próprio. Não faz sentido olhar para o passado com olhos do presente. É anacrónico.

#15 samurai

Postado 24 July 2018 - 18:26

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Enquanto estudante da área, sempre tive para mim a consciência de que julgar eventos passados e sobretudo maneiras e ideais de épocas já distantes é completamente estúpido e não nos leva a lugar algum. Portugal têm um passado esclavagista? Paciência. Todos os povos têm as suas cruzes do passado e ninguém é um santo perto de ninguém. Andarmos a pedir desculpa por A, B ou C? Também não, ocorreu como ocorreu e estava de acordo com a época que ocorreu e acabou quando acabou porque o seu término faz parte da época em que vivemos hoje.





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