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No seu âmago, Oppenheimer é uma obra-prima técnica, A banda sonora assombrosa de Ludwig Göransson é um dos destaques mais profundos do filme.
O seu tema musical age como uma personagem própria na forma como se desenvolve e evolui ao longo do filme, atingindo o ápice durante o, possivelmente, melhor momento, a queda da bomba.
Combinada com um design sonoro agressivo e audacioso que te transporta para dentro da tela, ambos os aspectos sonoros tornam este filme verdadeiramente notável.
Diria que não há falhas na incrível interpretação do elenco monumental de Oppenheimer.
Cillian Murphy interpreta Oppenheimer de uma forma que permite ao espectador sentir a gravidade da sua situação e as repercussões históricas que se seguem. No entanto, Robert Downey Jr., que interpreta Lewis Strauss, é, possivelmente, o melhor do elenco de Oppenheimer. Downey Jr. retrata perfeitamente a espiral lenta e a eventual queda da sua personagem.
Eu creio que o filme brilha quando se foca na parte mais psicológica, quando se foca no Oppenheimer e o impacto das suas ações. A cena no pequeno teatro, quando ele faz o discurso sobre o sucesso da bomba, é facilmente um dos momentos mais assombrosos e ao mesmo tempo angustiantes do filme.
Eu gostaria que houvesse mais momentos como esse...
Se o filme tivesse seguido esta abordagem psicológica de forma mais continua, os níveis de envolvimento teriam sido maiores, fazendo com que a duração parecesse consideravelmente mais curta. Ainda assim, o terceiro ato e a sua representação de Oppenheimer como o 'bode expiatório' político são bem feitos.
Todavia Oppenheimer tem as suas falhas. A montagem não linear, usada abundantemente por Nolan, por vezes chateia, A sobrecarga de personagens entrevistadas, diálogo pesado e as mudanças constantes de tempo tornam, por vezes, difícil acompanhar o aspecto político da história.
Os níveis de envolvimento durante os primeiros e últimos atos foram baixos, fazendo a história parecer aborrecida e lenta. Como mencionado anteriormente, se o argumento tivesse estudado o impacto imenso deste evento no Oppenheimer e na sua família a nível psicológico, teria ajudado a fluidez da história política, que por vezes divaga. E sim, lógico, a duração de três horas poderia definitivamente ter sido reduzida pelo menos 30 minutos.
Ainda assim são pequenas falhas, porque globalmente, não há grande falhas a apontar, Oppenheimer é uma obra-prima técnica. Design sonoro, banda sonora, fotografia e interpretações estão impecáveis.
O filme mostra o impacto político que a criação da bomba atómica teve na América e no mundo.
João Ferreira, em 14 November 2023 - 10:57, disse:
No seu âmago, Oppenheimer é uma obra-prima técnica, A banda sonora assombrosa de Ludwig Göransson é um dos destaques mais profundos do filme.
O seu tema musical age como uma personagem própria na forma como se desenvolve e evolui ao longo do filme, atingindo o ápice durante o, possivelmente, melhor momento, a queda da bomba.
Combinada com um design sonoro agressivo e audacioso que te transporta para dentro da tela, ambos os aspectos sonoros tornam este filme verdadeiramente notável.
Diria que não há falhas na incrível interpretação do elenco monumental de Oppenheimer.
Cillian Murphy interpreta Oppenheimer de uma forma que permite ao espectador sentir a gravidade da sua situação e as repercussões históricas que se seguem. No entanto, Robert Downey Jr., que interpreta Lewis Strauss, é, possivelmente, o melhor do elenco de Oppenheimer. Downey Jr. retrata perfeitamente a espiral lenta e a eventual queda da sua personagem.
Eu creio que o filme brilha quando se foca na parte mais psicológica, quando se foca no Oppenheimer e o impacto das suas ações. A cena no pequeno teatro, quando ele faz o discurso sobre o sucesso da bomba, é facilmente um dos momentos mais assombrosos e ao mesmo tempo angustiantes do filme.
Eu gostaria que houvesse mais momentos como esse...
Se o filme tivesse seguido esta abordagem psicológica de forma mais continua, os níveis de envolvimento teriam sido maiores, fazendo com que a duração parecesse consideravelmente mais curta. Ainda assim, o terceiro ato e a sua representação de Oppenheimer como o 'bode expiatório' político são bem feitos.
Todavia Oppenheimer tem as suas falhas. A montagem não linear, usada abundantemente por Nolan, por vezes chateia, A sobrecarga de personagens entrevistadas, diálogo pesado e as mudanças constantes de tempo tornam, por vezes, difícil acompanhar o aspecto político da história.
Os níveis de envolvimento durante os primeiros e últimos atos foram baixos, fazendo a história parecer aborrecida e lenta. Como mencionado anteriormente, se o argumento tivesse estudado o impacto imenso deste evento no Oppenheimer e na sua família a nível psicológico, teria ajudado a fluidez da história política, que por vezes divaga. E sim, lógico, a duração de três horas poderia definitivamente ter sido reduzida pelo menos 30 minutos.
Ainda assim são pequenas falhas, porque globalmente, não há grande falhas a apontar, Oppenheimer é uma obra-prima técnica. Design sonoro, banda sonora, fotografia e interpretações estão impecáveis.
O filme mostra o impacto político que a criação da bomba atómica teve na América e no mundo.
João Ferreira, em 14 November 2023 - 10:57, disse:
No seu âmago, Oppenheimer é uma obra-prima técnica, A banda sonora assombrosa de Ludwig Göransson é um dos destaques mais profundos do filme.
O seu tema musical age como uma personagem própria na forma como se desenvolve e evolui ao longo do filme, atingindo o ápice durante o, possivelmente, melhor momento, a queda da bomba.
Combinada com um design sonoro agressivo e audacioso que te transporta para dentro da tela, ambos os aspectos sonoros tornam este filme verdadeiramente notável.
Diria que não há falhas na incrível interpretação do elenco monumental de Oppenheimer.
Cillian Murphy interpreta Oppenheimer de uma forma que permite ao espectador sentir a gravidade da sua situação e as repercussões históricas que se seguem. No entanto, Robert Downey Jr., que interpreta Lewis Strauss, é, possivelmente, o melhor do elenco de Oppenheimer. Downey Jr. retrata perfeitamente a espiral lenta e a eventual queda da sua personagem.
Eu creio que o filme brilha quando se foca na parte mais psicológica, quando se foca no Oppenheimer e o impacto das suas ações. A cena no pequeno teatro, quando ele faz o discurso sobre o sucesso da bomba, é facilmente um dos momentos mais assombrosos e ao mesmo tempo angustiantes do filme.
Eu gostaria que houvesse mais momentos como esse...
Se o filme tivesse seguido esta abordagem psicológica de forma mais continua, os níveis de envolvimento teriam sido maiores, fazendo com que a duração parecesse consideravelmente mais curta. Ainda assim, o terceiro ato e a sua representação de Oppenheimer como o 'bode expiatório' político são bem feitos.
Todavia Oppenheimer tem as suas falhas. A montagem não linear, usada abundantemente por Nolan, por vezes chateia, A sobrecarga de personagens entrevistadas, diálogo pesado e as mudanças constantes de tempo tornam, por vezes, difícil acompanhar o aspecto político da história.
Os níveis de envolvimento durante os primeiros e últimos atos foram baixos, fazendo a história parecer aborrecida e lenta. Como mencionado anteriormente, se o argumento tivesse estudado o impacto imenso deste evento no Oppenheimer e na sua família a nível psicológico, teria ajudado a fluidez da história política, que por vezes divaga. E sim, lógico, a duração de três horas poderia definitivamente ter sido reduzida pelo menos 30 minutos.
Ainda assim são pequenas falhas, porque globalmente, não há grande falhas a apontar, Oppenheimer é uma obra-prima técnica. Design sonoro, banda sonora, fotografia e interpretações estão impecáveis.
O filme mostra o impacto político que a criação da bomba atómica teve na América e no mundo.
Já saiu, aliás só vai sair em Blu-ray até ver (Quer em disco quer em digital HD), li que o Nolan não é fã dos serviços de streaming porque removem conteúdo com facilidade e prefere comercializar em Disco.
João Ferreira, em 15 November 2023 - 12:34, disse:
Já saiu, aliás só vai sair em Blu-ray até ver (Quer em disco quer em digital HD), li que o Nolan não é fã dos serviços de streaming porque removem conteúdo com facilidade e prefere comercializar em Disco.
Tens razão o que circula na internet são cópias provavelmente de alguém que recebe primeiro que o público normal, provavelmente youtubers ou outros para efeitos de review.
Este meme diz um tanto do que eu também acho do filme. No entanto, e posto isto, como obra per se, não deixa de ser, efectivamente, muito, muito bom. Longo, mas nunca me aborreceu - manteve-me sempre cativo.
Filmado de forma espectacular (ou não fosse um filme do Nolan), tem um óptimo elenco - com destaque para Murphy e Downey Jr., claro.
Spoiler
Pena, quanto a mim, terem dedicado tanto tempo aos dilemas morais e éticos do Oppenheimer, e às consequências do Projecto Manhattan, nas circunstâncias já de Guerra Fria, nas respectivas carreiras dos envolvidos.
Para além das referências constantes aos casos extra-maritais do Oppenheimer - que, quanto a mim, pouco ou nada acrescentam ao filme. Não passam de cenas de nudez completamente gratuitas.
Acho que todo esse tempo podia ter sido melhor empregue, a falar mais do processo de criação da bomba, apontando o envolvimento, muitas vezes directo, dos Presidentes...
Podiam também ter mais e melhores referências aos avanços dos Nazis, que eram efectivamente aterradores. Não só a V1 e a V2, mas, nomeadamente, fazer melhor menção à água-pesada - que não era, de todo, a "anedota" que quiseram fazer parecer no filme. Era assunto muito, muito sério. Tão sério, que foram efectuadas várias missões de sabotagem e destruição das instalações de fabrico de água-pesada, na Noruega ocupada.
O filme reflecte, bastante bem, a atmosfera de caça às bruxas (a paranóia dos espiões soviéticos), que já existia, nesta altura, nos E.U.A., e a escala, absolutamente colossal, de todo o esforço económico, industrial, científico que, efectivamente, proporcionou o início da Era Atómica.
Um dos filmes do ano, certamente. Aliás, analisando a obra, de forma geral, talvez seja mesmo o filme do ano.