Eddie, em 09 July 2013 - 09:33, disse:
A nível de Futebol jogado, era uma delícia. Mas os tempos também eram outros - ainda havia espaço, na alta competição, para os grandes Playmakers explanarem o seu Futebol Romântico sem estarem amarrados tacticamente.
Todo aquele torneio foi um hino ao bom futebol desde o surpreendente grupo A em que Portugal e Roménia anularam por completo as favoritíssimas Inglaterra e Alemanha, passando pela última grande selecção da fúria espanhola e a clássica Itália (ou até mesmo pela Jugoslávia, que tinha uma equipa fabulosa) até aquele grupo terrível com França e Holanda. Aquela geração francesa não necessita de apresentações, mas a holandesa fascinava-me. Posso estar enganado (até porque não me lembro do Mundial de 98), mas penso que Euro 2000 foi talvez o único torneio em que aquela geração fantástica de jogadores holandeses conseguiu fazer jus ao legado deixado pelo seu futebol total. Sempre pensei que íamos jogar a final com eles.
Basta referir que foi a primeira e única vez que vi os meus dois jogadores preferidos a jogar ao seu mais alto nível ao mesmo tempo (Zidane e Rui Costa). Talvez por ter sido o primeiro torneio que vi, aquele europeu marcou-me bastante.
Mas mais ainda que o futebol jogado, o que me marcou mais ainda, era ver a garra e paixão com que a equipa portuguesa jogava. A reviravolta contra a Inglaterra, os 3-0 espetados na Alemanha com a equipa suplente e a reacção da equipa quando o árbitro marcou o penalti (mais que óbvio) a favor da França mostra bem o quanto os jogadores sentiam aquela camisola. Apesar de eu, do alto dos meus 8 aninhos, chorar baba e ranho não consegui deixar de sentir um orgulho enorme no meu país. Aquele torneio, mais que Scolaris ou Euros 2004, é a verdadeira razão pela grande paixão que sinto pela selecção.
afrito78, em 09 July 2013 - 09:45, disse:
O nuno gomes teve uma porrada de anos na seleção.
Brilhou em 2000, fez o contrato da vida dele e nunca mais conseguiu mostrar o mesmo nivel em toda a sua carreira.
É verdade, nunca conseguiu concretizar o que prometia no início da sua carreira. Basta comparar as suas duas passagens pelo Benfica e verificar como foram bastante distintas, apesar de ter continuado a marcar muitos e bons golos, que é o que se pede a um avançado. Mas se me perguntassem em 2000, imaginava-o a ter outro tipo de carreira. Seja como for, continuo a achar que foi o último grande PL de alta competição que o nosso país teve.